BlogBlogs.Com.Br Twilight Nessie: Predestinados 2: F & A - Capítulo 11Twilight Nessie

03/06/2011

Predestinados 2: F & A - Capítulo 11

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Capítulo 11: Consequências

Ponto de Vista da Mary

Depois de chegar em casa, eu me despedi do Seth (mesmo não querendo), e fui tomar um bom banho. Eu estava completamente ensopada.

No dia seguinte, meu despertador tocou e eu o quis mandar à parede.

Que droga, ter de acordar cedo para ir para a escola. É um saco!

Eu ainda estava enfiando a cabeça na almofada, quando ouvi o som de nova mensagem no meu celular. Corri para ele. Tinha uma mensagem do Seth:

“Oi, amor. Tenho saudades de você. Boas aulas. Te amo, beijos.”

Fiquei nas nuvens com isso e fui para meu banheiro. Depois de um tempo me arrumando, eu finalmente desci para tomar o café da manhã.

- Bom dia, mamãe. – eu disse.

- Mary? – ela perguntou espantada, se virando.

- Sim…?

- Você caiu da cama? – ela perguntou…

- Que engraçadinha… – eu disse emburrada.

- Mary, é a verdade. Sempre é preciso ir acordar você. Você odeia acordar cedo.

- Confirmo. – Nick disse entrando na cozinha e pegando num café bem forte da máquina.

- Mas pronto, eu hoje me levantei. – eu declarei.

- Não terá tido uma outra fonte de inspiração? – papai perguntou vindo do banheiro.

- Você acha? – mamãe perguntou, já rindo.

- Vocês ouviram. – eu afirmei – Dons de vampiro e lobo…é uma coisa…

- Pois… – papai disse.

- E você também ouviu? – eu perguntei para Nick, que agora estava barrando seu pão com chocolate.

- Por acaso, ouvi sim. – ele disse.

- Também tá desenvolvendo seus genes de vampiro e de lobo agora, é?

- Não. Eu simplesmente tava no quarto ao lado, se lembra? – Nick perguntou.

- Obvio. – eu disse. Revirei meus cereais.

- Prontos para mais um dia de escola? – papai perguntou.

- Prontíssimos. – Nick falou, porque ele estava ansioso por mais uma carona para a escola, da Maggie.

- Pois…prontos. – eu concordei.

Depois de comermos, nós pegámos nossas mochilas e fomos para a rua, esperar Maggie.

- E isso ai, com Seth? – Nick me perguntou quando estávamos sozinhos.

- É bem legal. – eu disse feliz.

- É mesmo? – Nick perguntou ainda desconfiado com Seth.

- É. De certeza absoluta.

- Não quero ver você sofrer. – Nick disse – Você tem sofrido demais, Mary. Se ele te fizer mais alguma coisa, algo que a faça sofrer, eu lhe parto o focinho todo!

- Hey! Calma! Você não vai bater em ninguém. Ele não fará nada.

Não demorou nem dois minutos para Maggie chegar. Nossa conversa ficou por ali.

Eu entrei no banco traseiro e Nick entrou para o lugar do acompanhante. Eles se beijaram.

- Oi Maggie.

- Oi. – ela me disse.

- Tive saudades. – Nick murmurou para Maggie.

- Eu também. – ela disse trocando um longo e intenso olhar com ele.

- Vão arranjar um quarto ou vamos para a escola? – eu perguntei. Eu estava me sentindo uma autentica vela. Eu queria os deixar sozinhos. Eu queria estar com Seth.

- Para a escola. – Maggie disse e começou dirigindo para a escola.

Durante o caminho, diversas conversas surgiram. A mão de Nick na perna de Maggie saltava à vista de qualquer um que olhasse.

Essa já enorme cumplicidade e intimidade entre ambos me deixava nervosa.

Eu e Seth ainda não éramos assim. Será que algum dia iríamos ser?

Quando chegámos à escola, ainda faltavam 10 minutos para entrar, e Maggie decidiu parar o carro.

Nick e Maggie estavam se beijando encostados ao carro, enquanto eu ouvia musica no meu mp7.

Ao fundo do estacionamento, eu conseguia distinguir duas silhuetas que deviam ser a Marie e o Ivan.

Minha visão me permitiu vê-los, mas eles não me estavam vendo aqui.

Após 10 minutos, o sinal bateu infelizmente.

Maggie e Nick caminharam até o local onde Ivan e Marie estavam.

Marie deu um longo suspiro surpreso quando viu Nick dando a mão à Maggie.

Eu nem havia pensado nisso, mas decididamente isso iria trazer confusões e angústias.

Maggie beijou meu irmão e aí Marie saiu correndo para a sala, chorando.

- Adeus, amor. – Nick disse.

- Adeus.

Nossa primeira aula de hoje era Inglês. Eu e Nick estávamos juntos nessa. Não daria para falar com a Marie.

- Nick, a Marie ficou muito magoada. – eu falei.

- Magoada? Porquê??? – ele perguntou.

- Porque ela te ama! – eu disse o óbvio.

- Não ama nada! – ele disse meio perdido.

- Os irmãos Cullen querem partilhar com a classe, sua interessante conversa? – Mr.Anderson, nosso professor de Inglês, perguntou.

- Como sabe que é interessante? – Amanda perguntou – O professor ouviu?

- Ouviu a conversa? – eu perguntei receosa.

- Não ouvi não, mas para vocês tare conversando tanto e tão intensamente, deveria ser um assunto interessante. – explicou Mr.Anderson.

- Uffa! – eu suspirei de alívio.

- Bem pode dizê-lo. – Nick sussurrou quase em tom inaudível. Nenhum humano conseguiria ouvir.

- Bem, voltando para a matéria, vamos revisar o “Reported Speech”, porque eu reparei muitos erros gramaticais nas vossas produções escritas… – disse o professor e continuou dando sua aula.

O tempo continuou passando e com ele, as aulas também. O sinal bateu anunciando a hora do almoço.

Quando chegámos (eu e Nick) à cantina, nós fomos pegar alguma comida.

Fomos para a nossa mesa habitual, onde almoçávamos sempre com Marie e Ivan, e esperámos por eles.

Após 2 minutos de espera, Ivan e Marie entraram, pegaram a comida, mas em vez de virem ter conosco, se sentaram ao nosso lado, eles foram se sentar ao lado da Amanda e da Catherine.

Isso seria estranho, mas não tão estranho se a China e a Índia não estivessem sentadas ao lado da Amanda e da Catherine.

Isso era um fenómeno incrível. Marie e Ivan detestavam aquelas garotas.

- Isso é super estranho. – comentei com Nick.

- É mesmo. – ele disse e enfiou mais uma garfada de comida na boca.

- Nem nos cumprimentaram hoje. – eu acrescentei.

- Temos de apurar o motivo. – Nick disse.

- Os motivos, quis você dizer. – eu corrigi.

- OS? Plural?

- Sim, plural. É mais do que um motivo. – afirmei.

- E os motivos são?

- E essa seria a pergunta para mil dólares? – perguntei zoando.

- Não seria?

- Não! A resposta é bem simples.

- Que é? – Nick perguntou.

- Marie está magoada com você, porque te ama. E Ivan está magoado comigo desde que eu acabei com ele.

- Então espera até ele descobrir que você tá namorando com Seth. – Nick falou acrescentando.

- Vamos dar o fora daqui. – eu disse.

- Bora.

Fomos para o pátio.

Nossa pele não brilhava, assim como mamãe e papai.

Algum tempo depois, o sinal bateu e as nossas aulas da tarde começaram. Agora nós íamos ter Biologia.

A aula de Biologia passou e eu não consegui falar direito com Marie. A professora Anabela estava muito implicante hoje, também.

Ela e Marie pareciam estar travando uma batalha de “bocas” uma com a outra, mas com muita ironia à mistura.

- Marie, o transporte de seiva bruta é feito no __________? – perguntou a professora.

- Floema. – respondeu incorrectamente a Marie.

- Errado, Marie. Não estuda nada, você. E dá nisso.

- É. – Marie disse – Se meus pais tivessem mais rédea em mim…

- Não importa. Mary, o transporte de seiva bruta é feito no _________? – a professora me perguntou.

- No xilema. – eu respondi.

- Certíssimo.

- Ivan, a seiva bruta é __________ + ___________?

- Água + Sais Minerais. – Ivan respondeu. Era a primeira vez que eu tava ouvindo sua voz hoje. Era uma voz abatida.

- Correto.

- Vamos então mudar de matéria…hoje vamos iniciar o estudo do próximo módulo: o transporte nos animais… – a professora Anabela continuou dando sua aula.

Quando a aula terminou, todos saíram, menos a Marie, que a professora Anabela Abrell pediu que ficasse.

Eu ia directa para o pavilhão de educação física quando me lembrei que tinha esquecido do meu sobretudo na sala de aula.

Quando eu cheguei perto da sala, eu ouvi gritos.

- A culpa é toda sua! TODA! – Marie gritou.

- Marie, volta aqui! – a professora Anabela disse inutilmente, porque nesse momento Marie já saia correndo pela porta fora.

- Ehr, eu esqueci meu sobretudo aqui. – eu disse em jeito de explicação. Peguei meu sobretudo e fui para o pavilhão de educação física de novo.

Eu não entendi nada. Porque raio a Marie tinha gritado aquilo e daquela maneira para a professora? Não é seu estilo desafiar ninguém. Muito menos uma professora…

Aquela conversa entre elas, não tava fazendo qualquer sentido para mim. Era obvio que elas tinham uma rixa entre elas. Mas o quê? E porquê? Eu não sabia, mas eu tinha que descobrir.

A aula de educação física passou naturalmente. Formamos equipes de 5 jogadores, e jogámos voley.

Nick estava no time do Ivan. Marie não tinha vindo à aula. Isso era anormal. Ela nunca faltava a nenhuma aula.

Depois da escola terminar, Seth me veio buscar (a mim e a Nick). Quando ele chegou, eu o beijei intensamente. Nossos lábios pediam um ao outro. As saudades eram mais que muitas.

O nosso encontro teria sido perfeito, se o Ivan não tivesse visto a cena e tivesse esmurrado um carro, em frustração.

- Hey, aquele cara tem problemas. – Seth comentou.

- É…ele tem…

- Você o conhece?

- Conheço sim. Muito bem, até.

- Ai é? – Seth perguntou – Quem é ele?

- É o Ivan.

- Ivan? O seu…?

- Sim, é o Ivan, o meu ex-namorado. – falei. Seth deu uma olhada melhor no Ivan, como se o tivesse avaliando.

- O garoto até é bonito…mais bonito do que eu…

- Não seja tolo! – eu lhe bati com ternura – Eu te amo.

- Como seu pai dizia e ainda diz para sua mãe, e agora eu percebo, eu te amo mais. – Seth me disse e me beijou.

- Arranjem um quarto. – Nick reclamou – Estamos indo ou não?

- Estamos, estamos. – Seth disse quando terminou de me beijar.

Eu mostrei a língua para Nick, quando Seth me largou e entrou para o lugar de motorista.

- Só retribuindo o favorzinho, maninha. – Nick disse seco, mas rindo.

Quando chegámos em casa, mamãe convidou Seth para jantar e ele logo aceitou.

Nick ficou com ciúmes por Maggie não estar ali também, e lhe ligou logo a convidando para um cinema caseiro. Eu e Seth nos colámos nessa também.

Escolhemos uma comédia romântica. Nós nos sentámos nos três sofás que formavam um “U” invertido à volta da televisão.

À direita da televisão, estava minha mãe e meu pai abraçados vendo o filme.

Do lado esquerdo, estavam Nick e Maggie. Maggie estava sentada no colo do Nick, com sua cabeça recostada no ombro do Nick.

E no sofá que ficava mesmo de frente à televisão, estava Seth sentado e eu deitada com minha cabeça no colo dele. Seth estava fazendo carinhos em mim e alisando meu cabelo.

Pequenos gestos como esse me enchiam de alegria. E pensar que há uma semana atrás eu chorava por ele…porque queria ele, mas ele não me “merecia” e eu não o podia ter.

Narradora – Nenhum Ponto de Vista Específico

Marie saiu de casa desvairada.

- Marie, espera! – Ivan, seu irmão, lhe pediu.

Marie estava completamente fora de si. Além de ter descoberto que o homem que ela ama estava namorando com outra, tinha acabado de discutir com sua mãe, novamente.

As discussões ultimamente eram quase diárias. O motivo era sempre o mesmo.

Marie ligou para Pietro, um menino espanhol que estudava na sua sua escola. Ele sempre foi apaixonado por Marie e não hesitou em vir dar uma carona para Marie, quando ela pediu.

Embora Pietro fosse mais velho que Marie, ele não a queria levar para a balada. Ele achava que aquele tipo de lugares não eram o ambiente ideal para Marie. Ele a queria proteger.

Mas, Marie sabia ser bastante persuasiva, diferente de seu irmão Ivan, e com alguma troca de olhares mais sedutores, convenceu Pietro a levar ela para a balada.

Quando chegou lá, Marie queria beber até não poder mais, mas Pietro não a deixava.

Marie pensou no que poderia fazer e apenas se lembrou de simular uma ligação de seu pai dizendo que a ia buscar.

Pietro ficou muito mais descansado com a mentira de Marie. Ele achava que era completamente verdade e Marie o convenceu a ir para casa, que ela esperaria na rua por seu pai, pois se o pai dela visse Pietro não ia gostar.

Pietro como bom rapaz foi-se embora, para não causar problemas a Marie.

Ela não sabia como iria voltar para casa. Mas…isso também não interessava. Ela não queria voltar para casa.

Ela voltou a entrar naquela discoteca e se sentou no balcão.

Foram lhe servindo sempre mais e mais bebida. Ela já estava muito alta.

Para ela nada importava, só beber para esquecer. Esquecer o que mãe dela lhe fazia todo o dia e que Nick, o primeiro rapaz que ela realmente amou, estava namorando com outra garota.

Marie teve de ir no banheiro e deixou seu copo, que estava quase cheio, em cima do balcão.

Quando ela voltou da casa de banho, um homem bonito e atraente, com seus 20 anos, estava sentado na cadeira ao lado da dela, no balcão.

Marie acabou de beber a bebida que tinha deixado no balcão. Bebeu-a sem saber que o homem com aparência jovial, descontraído e alegre que se sentava ao seu lado, tinha colocado GHB (Ácido Gama - Hidroxibutírico), a chamada “Droga da Violação” nela.

Ponto de Vista da Mary

Depois que o filme acabou, Seth e Maggie tiveram de ir embora, com muita pena minha e do Nick.

Eram umas 6 da manhã quando meu celular começou tocando sem parar.

Eu me levantei e atendi.

- Oi. – eu disse.

- Oi, Mary! – alguém disse chorando muito. Eu ainda estava grogue demais para perceber quem era – Sou eu, a Marie. – ah! Agora sim, eu entendi quem tava falando comigo.

- Oi. São 6h da manhã, Marie. – eu falei.

- Eu preciso muito de você. – ela me disse.

- Pode falar.

- Eu… – ela chorou – eu… – ela chorou de novo.

- Diga.

- Eu não sei onde eu tou, acordei num prédio despida numa cama. Não tou em casa.

- Me explica, o que você vê da janela.

- Eu vejo…eu vejo…vejo o bar onde eu tive bebendo ontem. – ela me disse.

- Onde isso fica? – eu perguntei.

- Em Portland. Perto do “X-Bar”. – Marie disse chorando.

- Eu vou já para ai. – eu disse.

Eu fui procurar gente nessa casa, mas todos estavam dormindo.

Passei na passagem aérea e entrei na casa grande.

Encontrei meu vovô Carlisle no seu escritório.

- Vovô, eu preciso muito de sua ajuda. – eu disse e lhe expliquei a ligação da Marie.

- Vamos. – ele disse – Eu te levo até lá.

Quando chegámos lá, vovô rastreou o cheiro da Marie. Vovô já a conhecia.

Nós a encontrámos enrolada num lençol cheio de sangue chorando muito, num quarto de uma pensão muito velha.

Vovô nos deu privacidade. Ele ficou esperando no corredor. Eu sabia que ele ouviria na mesma, mas Marie não sabia.

- Shuss…se acalma, já passou. – eu disse abraçando a Marie.

- Mary, eu não me lembro de nada do que se passou na noite passada. Eu acordei totalmente despida…

- Você sentia alguma coisa?

- Eu senti e sinto uma certa dor de cabeça, tenho uma sensação estranha ao nível dos meus músculos, mas eu não me lembro de absolutamente nada da noite anterior. – Marie disse.

- Mas você me disse ao celular que tinha vindo beber…

- Eu discuti com minha mãe, eu estava desnorteada por causa de seu irmão, e chamei Pietro para me trazer aqui. Eu o enganei e ele foi embora para casa. Depois eu fui no banheiro, deixei minha bebida no balcão. Quando voltei estava um lindo homem sentado na cadeira do lado. Eu me lembro de beber minha bebida…

- E depois…?

- Depois eu não me lembro de mais nada.

- Algo não está bem… – eu constatei – O que aconteceu quando você acordou aqui?

- Eu olhei à minha volta, vi minha roupa espelhada pelo quarto…as cuecas ali, meus jeans acolá…mas eu pensei, o que aconteceu afinal na noite anterior? Mary, eu tenho medo! – Marie disse.

- Se acalma. – eu disse – Se veste, que eu te espero no corredor.

Eu sai daquele quarto com um enorme nó no estômago.

- Pela descrição que ela fez…ela foi violada. – vovô disse.

- VIOLADA? – eu perguntei.

- Shuss…Sim, violada. – ele falou.

- Meu deus!! O que pode acontecer com ela? Porque ela não se lembra?

- Ela deve ter ingerido GHB, a droga da violação. – vovô disse – Mas essa violação pode e vai ter consequências tanto a nível psicológico como físico…

- Consequências? Que consequências? – eu perguntei.

- Ela pode ficar traumatizada (é muito provável) e pode também ter sido contaminada com AIDS ou ter ficado grávida…

- AIDS? Grávida? OMG!

Nota da Autora:

Essa droga "GHB" existe mesmo e os sintomas de uma violação com recurso a essa droga, são esses que a Marie tem. A amnésia (perda de memória temporária) também é um deles. Por isso, cuidado com os copos quando sairem à noite. Nunca abandone seu copo, pois alguém pode colocar algo na sua bebida.
Bjs

Por Caroline Medeiros

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