Atualmente interpretando o misterioso Jamie que persegue as três bruxas (Rebecca Romijn, Lindsay Price e Jaime Ray Newman) na série da ABC Eastwick, o ator britânico Jack Huston também pode ser visto em Eclipse, onde acabou de interpretar Royce King.
Como se isso não fosse suficiente para deixar qualquer ator com inveja, ele também está em The Garden of Eden, Boogie Woogie, Mr. Nice e Salomaybe?, escrito e dirigido por Al Pacino, projetos que ainda serão lançados. Ele diz que quer estar por trás das câmeras como diretor e escritor, e que estará dirigindo seu primeiro curta em novembro.
Nesta entrevista exclusiva, Jack Huston fala de seus projetos futuros ao IESB.
IESB: Você começou a atuar por causa de sua família, ou foi algo que quis fazer por vontade própria?
Jack: Eu comecei a atuar bem antes de saber sobre a minha família. Eu comecei quando era garoto, e fiz teatro antes de fazer filmes. Não foi algo que aconteceu depois, por causa da minha família. Mas eu acho que sempre fui influenciado por ela e pelos filmes. Desde pequeno, eu mostrava interesse pela profissão. [...]
IESB: Houve algum momento em que você percebeu que era isso que você estava destinado a fazer?
Jack: Eu sabia disso desde meus sete anos. Sabia que era o que tinha que fazer. Eu já tinha feito algumas peças quando pequeno, mas foi aos sete anos que tive meu primeiro papel principal. A partir daí, comecei a participar das peças na escola, estava sempre atuando.
IESB: Você acha que ser um Huston te ajudou de alguma maneira, ou por causa disso você teve que provar que era mesmo talentoso?
Jack: Inicialmente, foi muito difícil, porque havia aqueles que diziam ‘Oh, é apenas mais um’, então você tem que trabalhar duas vezes mais para provar a si mesmo e provar o que pode fazer. Foi difícil a transição Inglaterra/EUA, vir do teatro e tentar aparecer nos filmes e na Tv. Mas assim que consegui o primeiro papel, as pessoas lidaram mais facilmente com isso. Bastou uma pessoa me dar a oportunidade, e outras fizeram o mesmo. Mas no início foi muito difícil.
IESB: Como foi que você entrou para a série Eastwick? Foi através do processo padrão de audição?
Jack: Na verdade não. Eles me chamaram porque eu tinha estado na ABC há alguns anos. Eu nunca tinha participado de nada na Tv antes. Eu fiquei tranquilo porque eu já sabia como era o esquema. Se você aceitar participar de uma série, isso pode durar sete anos, e você trabalha todo dia, e eu gostava da minha liberdade porque eu escrevia, pintava e eu gosto de viajar bastante. Mas quando a ABC e o diretor David Nutter me chamaram, eles marcaram um encontro comigo para conversar a respeito da série. Foi quando eles me ofereceram o papel, eles foram muito legais.
IESB: O Jamie é um homem misterioso, e o público não sabe muito bem o que pensar dele ainda. Quanto você ficou sabendo sobre o personagem quando foi escalado para o papel, e quanto sabe dele até agora?
Jack: Eu sabia pouco dele. Eu sabia o que ele iria fazer e como seria, e gostei do que fiquei sabendo. Me pareceu interessante e divertido. É um personagem misterioso, toda vez que você o vê, mais coisas a seu respeito são reveladas. E também pelo que fiquei sabendo no piloto, ele parecia ser um personagem diferente, novo. Ele não vinha de um livro ou de um filme. Eu senti que ele era um personagem original, e gostei disso. Todos os personagens têm uma abordagem nova e original, mas este em particular me pareceu interessante.
IESB: Como é trabalhar com a Rebecca Romijn?
Jack: Ela é uma pessoa muito legal. Você ouve isso das pessoas, mas é verdade. Ela é uma daquelas garotas com quem você gostaria de acampar junto. Ela não reclama de nada, nunca fala palavrão, é divertida, uma pessoa muito legal mesmo. E o marido dela, o Jerry O’Connell, é do mesmo jeito. Você passa a entender porque eles estão juntos, eles se parecem e são pessoas muito boas.
Começamos a ensaiar juntos no princípio, e ela é uma pessoa muito adorável de se conversar. Ela já tinha feito Tv, e eu estava meio preocupado com isso. Todo o processo da tv, como funciona, você passa a descobrir coisas sobre seu personagem a cada semana, tudo isso era algo novo para mim. E às vezes pode ser bem difícil. Não é como um filme ou uma peça, que tem começo, meio e fim. Você sabe tudo sobre o personagem, o que ele fará e como será seu final. Ela sempre estava pronta para dar conselhos, me ajudou muito e fez tudo ser mais fácil, foi ótimo.
IESB: Você assinou para ter um papel regular na série?
Jack: Assinei para 13 episódios. Encomendaram 13 episódios da série, não sei o que vai acontecer agora. Eu só sei que apareço na cidade, que estou procurando por minha mãe porque sou órfão. Não sei o que aconteceu com minha mãe, sei que vim à cidade porque segui as raízes da minha família de volta a Eastwick.
IESB: Agora que você já passou tanto tempo gravando a série, é algo que você gostaria de continuar fazendo?
Jack: Todos são adoráveis. Foi uma grande experiência. Tive ótimos dias gravando a série. Foram dois ou três dias de gravações, uma semana, algo assim. Mas a partir do momento que os episódios crescem, as gravações durarão mais tempo. Mas foi ótimo. Se a coisa certa aparece, você vai lá e faz. Eu não iria apenas fazer algo de qualquer jeito. Se é algo bom para mim e um personagem que gosto, e se eles continuarem a escrever ótimos roteiros, se é interessante, eu definitivamente aceitaria continuar participando.
IESB: Como foi que você se envolveu com a Saga Crepúsculo em Eclipse? Como é fazer parte deste fenômeno?
Jack: Eu acabei de voltar de lá, das minhas últimas gravações. Eu me encontrei com o diretor David Slade, o papel era para um garoto de 19 anos, loiro, de olhos azuis, nada parecido comigo. Mas quando eu fiz uma versão diferente do personagem escrito, eu parecia um louco na sala, e o David e eu realmente nos demos bem, e ele disse ‘Eu quero que você esteja nesse filme de qualquer jeito.’ Ele me ligou algumas semanas depois e disse, ‘Há um outro papel. Você estaria interessado?,’ e ele me ofereceu o papel.
IESB: Então qual é o seu personagem no filme, e como ele entra na história?
Jack: Seu nome é Royce King, ele é o noivo da Rosalie (Nikki Reed), antes dela se tornar vampira. É sobre o passado dela. Foi em 1933, durante a Grande Depressão, ele é o filho de um rico banqueiro. Ele tem “sangue azul” e se interessa por ela, mas ela não é tão legal quanto parece, e ele tem seu castigo.
IESB: Quando você interpreta personagens sombrios, você prefere incorporar de vez o personagem ou tenta relaxar durante os intervalos das gravações?
Jack: Depende da cena na verdade. Se é uma cena muito sombria, você tende a mergulhar de cabeça no personagem. Mas de vez em quando, mesmo ao interpretar tal personagem, você não consegue manter esse sentimento a todo hora. Depende de onde você esteja. Se você está no meio de uma cena, e durante os intervalos prefere ficar isolado, é normal, você precisa de ar fresco, precisa ficar sozinho. Normalmente eu fico tranquilo durante os intervalos.
IESB: Quando você participa de algo desse tipo e vê a loucura que acontece com o elenco, você espera que o mesmo não aconteça com você, ou isso faz parte da profissão?
Jack: Há os dois lados disso. Quando o elenco assinou para o primeiro filme, eles não imaginavam que tudo isso aconteceria. Eles pensavam que estavam participando de um filme, algo independente, e virou essa grande franquia. Toda essa agitação que cresce com o filme faz com que essa seja uma das maiores franquias que já existiu. Acho que todos eles ficaram surpresos, e agora podem participar de qualquer filme que quiserem, e ganhar muito por eles.
O problema é que agora é difícil sair por aí com várias pessoas e com os fotógrafos te seguindo. Isso não é fácil para ninguém. Não é fácil e eu não esperaria que fosse, acho que é o preço da fama. Ninguém esperava que o sucesso viesse tão rápido, deve ter sido um choque.
Eu pessoalmente não amaria a ideia de ser perseguido por todos os lugares que fosse. Não quero esse tipo de fama. Não é o que procuro. Quero me divertir, participar de coisas legais, ter bons papéis.
IESB: Você gostaria de trabalhar com a sua família?
Jack: Se aparecesse a coisa certa sim. Danny e eu já trabalhamos juntos. Nunca estivemos juntos em uma cena, mas nós dois participamos do mesmo filme chamado Boogie Woogie, que ainda não foi lançado. Eu gostaria de fazer isso, mas, para ser honesto, eu gostaria de escrever ou dirigir um filme. Tem que ser a coisa certa.
IESB: Você definitivamente quer estar por trás das câmeras?
Jack: Absolutamente. Não vejo a hora. Ainda é cedo. Vou dirigir um curta que fará parte de uma série em novembro. Seis ou oito pessoas irão dirigir esses filmes e depois juntá-los para formar um filme só, será minha primeira vez. Mas já escrevi algumas coisas, estou trabalhando em alguns projetos no momento.
IESB: Você se foca mais no personagem ou na história?
Jack: Normalmente decorre na história, mas eu gosto de me focar mais nos personagens. Eu não acho que uma história possa existir sem personagens bem caracterizados.
IESB: Já que você trabalhou com filme, tv e teatro, há algo específico que você aprendeu e que usará em seu futuro por trás das câmeras?
Jack: Saber ouvir é o mais importante. Saber ouvir quando está gravando, saber ouvir o que os outros personagens têm a dizer, saber ouvir as ideias das outras pessoas e estar atento a isso. Inicialmente, você entra no personagem e fica preso em sua própria mente, mas quanto mais você ouve, mais você toma para si e absorve isso, porque há pessoas que são mais experientes e que tem ideias brilhantes. Portanto, trata-se ouvir e aprender.
IESB: Você participou de algum filme recentemente, para seus fãs possam conferir seu trabalho?
Jack: Mr. Nice é um filme que fiz para o Bernard Rose. Foi divertido. É sobre um traficante de drogas internacional,o Howard Marks, que é interpretado pelo Rhys Ifans, e tem a Chloe Sevigny e o David Thewlis no elenco. Eles são pessoas legais.
Eu participei também de Salomaybe?, que nós estamos à espera do Al Pacino terminar. É um longo processo porque são 100 horas de filme, no estilo de cenas de um documentário. É sobre Salomé e o Oscar Wilde. Eu participei de The Garden of Eden há cerca de um ano e meio, e nós estamos esperando que ele seja lançado em breve. É baseado no livro de Ernest Hemingway, e tem a Mena Suvari, o Richard E. Grant e a Caterina Murino no elenco, é dirigido pelo John Irvin.
IESB: Há algum gênero de filme que você ainda não fez, e que espera fazer no futuro?
Jack: Gosto desses filmes de fantasia. Adoraria trabalhar com o Tim Burton. Tenho muito interesse nesse tipo de coisa. Eu gosto do estilo do Terry Gilliam e do Tim Burton. Espero, um dia, fazer algo assim. Mas, eu estou aberto a tudo.
Nota da tradutora
Só para lembrar: Ele é sobrinho da Anjelica Huston (a Mortícia da Família Addams) e neto do John Huston (famoso cineasta norte-americano).
bjinho
Fonte:aqui

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